Presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do DF afirma que, se houvesse um vigilante trabalhando no prédio da 214 sul, onde o oficial foi agredido, provavelmente, não teria ocorrido o espancamento
Brasília, 18 de maio de 2010 - O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Distrito Federal (SINDESP/DF), Irenaldo Pereira Lima, ressalta a importância da presença de vigilantes para garantir a segurança nos postos de gasolina e em áreas residenciais. “Não basta ter apenas o circuito interno de TV, é preciso ter um plano de segurança com vigilantes. Se houvesse a presença de um vigilante no local do crime, com certeza as agressões teriam sido evitadas e o patrimônio do prédio teria sido preservado”, afirma Irenaldo.
O oficial da Aeronáutica, Anísio Oliveira Lemos, estava cansado de não conseguir dormir devido ao barulho do posto da 214 Sul, que mantém som em alto volume durante a madrugada. Segundo Anísio, várias ocorrências já foram registradas, mas nada mudou. Na noite do dia 15 de maio, sem conseguir dormir devido ao barulho, Anísio ligou para o 190, telefonou para a polícia e nenhuma providência foi tomada. “Fui até o posto policial, na 415 Sul, mas o policial disse que não poderia sair de lá porque só havia uma viatura, que ele já havia feito um chamado e eu deveria aguardar”, afirmou Anísio.
Sem conseguir resolver o problema junto às autoridades, Anísio se dirigiu ao posto de combustível na tentativa de conversar com o filho da dona, como já havia feito em outras vezes, para pedir que abaixasse o volume do som. Neste momento, Anísio foi agredido e perseguido pelo jovem e por mais cinco rapazes até o prédio onde mora. O oficial foi espancado, enforcado e teve o corpo cortado pelos estilhaços do vidro da portaria, onde foi imprensado.
Para Irenaldo, essa tragédia poderia ser evitada de várias formas. “Os policiais não deveriam ficar presos ao posto policial. Sabemos que é um patrimônio da corporação, mas ele não pode valer mais que a necessidade da sociedade. Uma solução seria colocar sistema de alarme nos postos para que os policiais pudessem atender as demandas da sociedade”, afirma Irenaldo.
Outro ponto que Irenaldo ressalta, é o fato de o prédio contar com sistema de circuito interno de TV, mas, infelizmente, não ter vigilantes assistindo a cena para evitar a agressão e socorrer Anísio. “As agressões que o oficial da Aeronáutica sofreu poderiam ter sido evitadas. Se um vigilante estivesse presente, em conjunto com as câmeras de segurança, ele poderia ter agido rapidamente, rendido os agressores e protegido a vítima e a portaria. Com certeza, se um profissional de segurança estivesse no local, não haveria a covardia de seis contra um”, afirma Irenaldo.
Sobre o SINDESP/DF - O SINDESP/DF é filiado à Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist). Hoje, conta com 32 associados, que geram, em média, 14.800 empregos diretos.
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